Amor da vida e amor para vida II

E ela não resistiu. E foi o maior, mais ardente e nada doloroso pecado já cometido. A insistência era tanta que no emaranhado de mensagens, presentes e convites que um dia ela não quis mais lutar, deixou-se levar. Ele conseguiu depois de duas décadas ter àquela mulher na mesma cama que ele. Foi fácil? Não!!! Foi o maior desafio da vida dele. E também seu maior prazer. E também, sua pior e mais ardente heresia nesses seus cinquenta anos de idade. Era um dia normal, mas ambos sabiam que aquela quarta-feira seria o início da maior confusão de suas vidas e seu maior sacrilégio também. Meio dia e me anunciam no Café, vou a passos lentos, me preparando, imaginando que seria algum cliente bravo, mas surpreendente, não era o que eu imaginava ser. Era um homem de meia idade querendo ter uma conversa particular comigo. Insisti em ficarmos próximo ao caixa, mas ele pediu se poderíamos andar pela loja. Um pouco impaciente, não entendendo nada, concordei. Ele contou-me sua história e me pediu um favor, que eu liberasse uma colaboradora mais cedo, pois disse ser o amor para a sua vida e que aquela seria sua única chance. Quem sou eu, não é? Óbvio que liberei. Eu gosto de histórias de amor, sejam amores da vida, sejam amores para vida... Não sei exatamente como ela concordou, mas sim, ela aceitou o convite e em cinco minutos estava dentro de SUV branco, sem importar-se com o amanhã. Eles tiveram naquela tarde, a consumação de duas décadas de desejo, do ardente e picante amor contido, amor oprimido e fiel. Cada um fiel aos seus, e nada leais aos seus corações. Ele a amava, ou pelo menos foi o que pensou em todo esse tempo. Ela, já sofrida pelas peças da vida, deixou-se amar e alimentou seus desejos infiéis por aquele “amigo”. O quarto de hotel já reservado seria cumplice da ardente paixão desses dois. Já no elevador, mal ele conseguia se segurar, e ela dava corda, porém mantendo a discrição. Seus olhos ardiam de tesão na vontade de consumar aquele corpo que por tantos anos almejou. Sequer deu tempo da porta do quarto se fechar, e sua língua já percorria seu pescoço...segurou-lhe com uma força delicada, enquanto seus lábios desciam pelo seu colo, balbuciavam entre seus seios, arranhando de leve sua blusa, desabotoando seu soutien, apertando sua cintura contra seu quadril, até jogar-lhe na cama e deliberadamente, aos poucos, com as pontas dos dedos ardis, foi baixando suas calças, friccionando sua boca em seu ventre, deslizando centímetros abaixo... Ela se contorcia. Ela ardia por sexo, e já se acostumara com a forma de fazer amor, mas com esse homem, era a primeira vez, era novidade, era mágico, era excitante...Chegara a levitar de espasmos, ela sentira tanto prazer, seu desejo por ele dentro dela só aumentava, seu coração palpitava e suas mãos trêmulas esqueciam-se que ambos já carregavam uma aliança. Ele a fez tremer de excitação, ela o implorou que não parasse e a fizesse sua para sempre...No fundo o para sempre dela, seria até às 18hs... Ele ainda não acreditava que aquilo estava acontecendo e sua única motivação era não a decepcionar. Se amaram, se beijaram, transaram mais de uma vez, acariciaram-se, desejaram que o tempo parasse, se fizeram seu homem e sua mulher, trocaram juras e seus corpos resplandeciam. Realizaram-se. Era amor! Era tesão! Foi desejo! Acabou. Nem todos os amores são para a vida, mas muitos são amores de ereção, tesão, volúpia. E muito válidos. Também!

Comentários

Anônimo disse…
Que história hem....quem não gostaria de viver um amor proibido?!
Anônimo disse…
👏🏻👏🏻👏🏻
Anônimo disse…
Sei fantastica Debora ! Ci fai sognare e a volte ci fai sentire una protagonista!!!
Emi Ohashi disse…
Adoro seus contos!!!

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