Sofá Vermelho Feijão

Subi até o oitavo andar e antes de pensar em sair do elevador, alguém joga seus braços dentro do “carregador de pessoas’, entra, aperta o SS e me encara boca a boca. Lógico que eu queria, eu fui ali para isso, para ser assediada mesmo, mas estava sendo tão rápido que fui pega de surpresa, perdi meu senso sarcástico e meus passos há frente. Já não tinha a promessa das algemas, sequer de vendar meus olhos, mas tinha pegada, tinha mãos, tinha coxa na minha coxa, tinha o friozinho na barriga e o medo de sermos pegos. Elevador parou, sem pensar fui arrastada pelo pulso num corredor estreito e quase sem luz. Enquanto eu pedia para ir devagar, meu instinto arriscava em dizer para eu ir mais rápido, porque aquela seria a melhor ainda que da última vez. Paramos em frente a uma porta minúscula verde escura, ele puxou um chaveiro, escolheu a chave, abriu a portinhola e me puxou para dentro. Era um Estúdio, cheio de coisas antigas e muitos discos de vinil, era um Oásis para os amantes do rock clássico. Além dos discos, tinham três vitrolas, que não sei presumir de qual década, imagino anos 50, 60, também havia ali, uns aparelhos incomuns, que imagino que era algo que DJs deviam usar e um sofá em formato de feijão, um clássico inspirado nas obras arquitetônicas de Oscar Niemayer, num vermelho carne muito sensual. Pirei naquele lugar, parece que voltei há anos, e enquanto admirava o local velho, museológico e muito retrô, fui abraçada por trás e beijada no pescoço (meu ponto fraco), quando tentei me virar, umas mãos deslizaram dentro das minhas calças e me pressionaram com tanta força que já era tarde para não gemer. Aquelas mãos rapidamente, subiam e desciam pelo meu corpo, iam dos joelhos ao meu pescoço, deslizavam sobre minha cicatriz e pressionava contra seu sexo. Seu membro roçava em mim e já desnudo, senti uma força rígida, e antes de concluir meu pensamento, ele abriu minhas calças, arrancou minhas calcinhas, me jogou de quatro sob o clássico estofado arquitetônico Feijão, agarrou minha virilha e num movimento de frente e trás, fui obrigada a pedir bis e implorar àquele Deus que não era Baco, mas também era dos prazeres carnais, me levar ao auge da saciedade do desejo aguardado. Aquelas mãos tem poder sobre mim, aquela boca, de longe a mais gostosa que percorreu meu mundo secreto, ah, eu sempre perco o controle... De repente, batem na porta. Nos olhamos e sem acreditar corri colocar minhas roupas, batem de novo e chamam-no pelo seu nome, imediatamente ele reponde, só um minuto, olha para mim e me pede para concordar com tudo que ele disser...Ao abrir a porta, já com as luzes super acesas, ele olha para a mulher e diz, sim, essa é a cliente que te falei, ela adora objetos retrôs e gostou bastante do sofá, estou aqui a portas fechadas tentando convencê-la do quanto esse sofá é um clássico e tudo o que ele pode proporcionar a ela. Eu perplexa, concordei, só faltava ter que assinar um cheque agora... Eu estava sem controle algum, nesse momento, eu queria sumir dali, mas eu não conseguia, tinha um plano a ser seguido para que não fossemos descobertos...Ele não tinha algemas, não tinha venda, já não era policial, mas soube usar toda sua malícia para me deixar ainda mais caidinha, e sim, agora sobre o “Red Bean Couch”.

Comentários

Anônimo disse…
😳😳
Débora alves disse…
Está ousada!! Muito bem. Detalhes fazem a diferença e deixam a leitura mais interessante.
Anônimo disse…
Um sofá desses ahahahahaha
Anônimo disse…
😈😈
Anônimo disse…
Este sofá tem histórias! 😌
Anônimo disse…
Tudo culpa do sofá 🤣🤣.. Amei
Anônimo disse…
Se esse sofá falasse😂

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