Jogo de sinuca (com uma participação especial, escrito a quatro mãos).
Era fim de tarde, saindo do trabalho e sou convidada para uma partida de sinuca. Eu adoro! Fui com alguns colegas, inclusive ex-colegas que há muito não via.
O local marcado era um bar simples na Zona Leste, mas com atendimento super atencioso e sempre muito solícitos. Confesso que fui convencida pela curiosidade de encontrar alguém que há muito não via. Confesso também que é uma parte da cidade que não conheço muito bem, mas nada que um GPS não resolva. E mesmo sendo um local simples, resolvi me produzir e colocar um salto, que já não usava há tempos e um vestido vermelho, tipo mulher fatal, sabe... afinal, nunca sabemos o que o destino nos reversa.
Já no bar, encontrei todos que imaginaria estar ali e me acomodei de uma maneira que tinha visão ampla de todos que chegavam no local. Para minha surpresa, quando olhei para meu lado direito, pasmei, pois era o Universo Conspirando, era o tal do policial, com seu jeans surrado e sua Hering preta, metodicamente com seus olhos verdes, com seu taco, tentava acertar a bola 8.
Ele não me viu. Também não fiz muita questão, pois eu queria dominar a situação e ter o controle de tudo, o que bebia, com quem estava, seus gestos e até mesmo se era capaz de vencer uma partida de sinuca. Ficamos um tempo assim, eu o observando e ele sequer sabia que eu estava ali. Eu não o perdia por nada e no momento que ele foi até o banheiro, nem hesitei, fui correndo para lá também. Naturalmente tinham dois banheiros, um de meninas e outro de meninos, o que discretamente, ao escutar a descarga, plantei-me em frente ao masculino e quando a porta abriu, empurrei-o e imediatamente e joguei-me contra seu corpo.
Ele levou um susto até me reconhecer. Puxei-o contra meu peito e mordi a ponta dos teus lábios, em seguida, sussurrei alguma indiscrição nos seus ouvidos que fizeram seus pelos ouriçarem...
Quando percebeu quem era, deixou-me empurrar contra a parede e também deixou que o dominasse, nem que fosse por alguns segundos, me fazendo acreditar que era eu quem estava no controle.
Minhas mãos passearam pelo seu peito enquanto minhas costas pressionavam a parede.
Em apenas um segundo, o jogo virou. Aquele leonino acuado, que se viu pressionado, tendo a boca beijada e a pele arrepiada, partiu pra o ataque. E logo suas mãos entranharam meus cabelos me segurando bem firme pela nuca, me puxando devagarinho, fazendo eu olhar para o teto. Com meu pescoço a mostra, ele foi me dominando... cada pedacinho da minha pele foi sendo contaminada pela sua boca desejosa, enquanto meus braços abertos, com as palmas das mãos contra cada uma das paredes do pequeno banheiro, era um convite para que cada vez mais ele me dominasse. Eu deixava. Eu gostava. Eu queria. Meu salto alto, além de me deixar mais sexy, facilitava a ponta dos pés para que o encaixe fosse ainda mais perfeito. Você me tinha ali, sem luta alguma. Mas você queria continuar o jogo...e eu só queria ganhar a partida.
Pedi para que me beijasse o pescoço, e nisso, toda minha perna estremeceu como se fosse o primeiro contato de um corpo contra o meu. Eu me derretia com tuas mãos me segurando firme, enquanto meus lábios pediam para você não parar, e você gostando do domínio, me fez chorar de prazer, gemer de vontade... mas você queria continuar o jogo, queria que eu continuasse a implorar... Sim, eu continuo, eu quero, quero tuas mãos, quero tua boca, quero o roçar das tuas coxas em mim...implorei tanto, queria que matasse meu desejo logo, que me consumisse ali mesmo, naquele banheiro minúsculo, mas suficiente para que o encaixe fosse ainda melhor que da primeira vez...eu me saciava do teu corpo liso e dos teus verdes olhos.
Continuou segurando meu cabelo, me virou de costas, e minhas mãos que antes apoiavam as paredes laterais, agora apoiavam a porta do banheiro. Seus dedos passeando pelo meu corpo descobrem a minha pele e logo percebe que estou de salto alto, meia 7/8, calcinha e vestido. Continuou a me dominar pelo cabelo, com uma de suas mãos, colocou minha calcinha para o lado, sentiu-me toda molhada e de repente, parou. Com seus dedos bem próximos dos lábios, comecei a rebolar em sua mão, e eu continuava a implorar para que seus dedos me dominassem e entrassem devagarinho.
Ele abre sua calça sem tirar o cinto, diminuindo um pouco a pressão sobre meus cabelos, vai me soltando aos poucos deixando que eu continue a rebolar. Ele fala algo sobre meu salto, sobre encaixe, mas não escuto direito, apenas sinto ele entrando em mim. Mas ele continua a me torturar, e para, como se tivesse um auto controle inabalável. Apenas a ponta do seu sexo passeia por mim com uma de suas mãos segurando a ponta da minha calcinha.
Alguém bate na porta, respondo já vai. Eu não queria que aquele momento acabasse. Queria você em mim. Você com sua força física e seu orgulho leonino, continuam a me torturar...não sei como, mas consegui escapar das suas mãos e tocar levemente seu sexo que estava duro e arrasto meus dedos para o lado, acariciando e fazendo você gemer, consigo me virar e vou descendo desde seus mamilos até seu sexo entre as pernas. Você se contorce. Você geme. Eu, mesmo naquele lugar, consigo encaixar, ele já duro, quase explodindo na minha boca, fazendo movimentos ora leves, ora rápidos, fazendo você gritar de prazer...E você tenta me puxar, agora é você que quer parar com o joguinho, só que agora é uma ariana que está no comando e eu me lambuzo olhando firme nos teus olhos, enquanto você parece estar em Marte.
Continuam a bater na porta. Eu paro. Abro a porta. Dou de cara com o ex-colega. Saio. Não ouso olhar para trás.
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