Para você guardei o amor...

Era 14 de outubro, um dia qualquer regado ao signo de libra, dois opostos se encontram, um escorpiano e uma ariana, sob uma noite iluminada em um bar comum. Era mais um encontro, sequer, pensei em arrasar no lingerie, pois não era intenção prolongar a noite, queria apenas alguns beijos e amassos bem dados. Nas mensagens trocadas, era como já o conhecesse. Me senti bem ao teu lado e muito melhor ao contato físico. O olho que não desviava o meu olhar, o beijo lento para ser roubado, o toque da tua perna encostada a minha, o teu pedido causando com minha razão. Pasmei. Pensei que eras louco, e óbvio que não aceitei. Logo eu, controladora, impulsiva e muito racional. A minha razão durou até poucas horas depois, quando foi corrompida com o segundo pedido, inegável de aceitar, você me tinha da forma mais genuína que o desejo possa prevalecer. Você, naquele segundo, era meu dono, e quando isso aconteceu, não tinha como obedecer a minha razão. Não imaginava sentir no dia seguinte o que senti. Era apenas mais um, era apenas alguém que apareceu, alguém que curti, e pronto! Mas minha garganta palpitava, meu coração acelerava e quando o plano se desfez, enlouqueci. Fui bloqueada, mal interpretada e muito infantil. Depois daquela noite, você não tinha o direito de me bloquear. Você me bloqueou. Você destruiu uma chama que acabara de acender, você destruiu um sonho que havia deixado de ser adormecido, você me causou dor, ódio, raiva e juras jamais cumpridas. Você me desbloqueou. Alinhamos algumas coisas, mas você estava mais longe do que imaginara. Desculpei-me, passando por cima do meu orgulho, na tentativa de repetir “aquele” segundo, que você me possuíra e eu era somente tua. Você diz sentir o mesmo. Te espero. Te quero. Para ti, estou guardando a amor que nunca soube dar...