O reencontro e a traição

Morando na nova cidade, reencontro um "peguete" do passado, de um passado lonjíncuo, de uma cidade próxima. Sim, reencontrei o carinha que tinha conhecido por sites de relacionamentos, que na época já era um poço de tentação, agora então... Como não tinha o telefone dele, resolvi mandar um e-mail e sete dias depois sou surpreendida com uma resposta calorosa e bem intencionada, digamos que até bem apimentada e decidimos nos reencontrar. Chegou na hora marcada e com mais tesão do que de costume, parecia que o conhecia há anos, o que de fato o conhecia, porém, não com uma assiduidade disciplinada. Foi maravilhoso reencontrá-lo, foi ótimo usufruir daquele "corpicho" semanalmente, foi ótimo os momentos beirados ao gosto do vinho seco e as lambidas de paixão...até o momento que descubro... C A R A C A! Merda, merda, merda! Nunca passei por tamanha vergonha. Certa noite, num desses combinado, estou esperando por ele na minha casa, recebo a mensagem, confirmo o horário e me vou para preparação fatal. Me arrumo rápido, e me ponho a esperar. Ele chegou na hora marcada já começamos a trocar beijos ali na porta mesmo, num agarra agarra, em apertos frenéticos e já corremos para cama pra saciar esse desejo insaciável que se apoderava de nós... Até que alguém apertou a campainha, e lógico que não atendi, nunca, ninguém aperta minha campainha, provavelmente era engando, pensei eu... e continuamos no afago do desejo na busca do prazer... Quando já esgotados de muito sexo bom, como de costume, tomou seu banho pegou suas coisas e se foi, porém....ao abrir a porta, tinha alguém sentada nela, que logo começou a gritar e nos xingar, falar um monte de palavrão, acusá-lo de traição e a mim de piranha... Dai sim que caiu a ficha, era namorada, mulher, sei lá o que dele,e então, quando percebi o que estava acontecendo, o xingamento mudou de lado e e uns bons tapas correram soltos naquele corpo que até pouco tempo atrás estava me alimentando de prazer. Muita gritaria e muita confusão, não conseguíamos nos acalmar, até que o porteiro e acabou com nossa festa. Eu morrendo de vergonha os expulsei do meu corredor batendo a porta nas suas caras, a todos, inclusive a do porteiro. Vergonha! Desgraçado! Cretino! Um mês se passou, entrei na nova academia e pasmem, quem era minha personal? Sim, a mulher que estava sentada na minha porta tempos atrás, traída. E agora nesse exato momento, estamos tomando um café e dividindo as melhores experiencias que aquele canalha nos proporcionou...