Xuxu
O Braço era tão forte que parecia uma de minhas coxas. Tão musculoso quanto a minha futura linha Alba trabalhada e tão gato quanto aos dos meus sonhos platônicos.
Fui ali com uns amigos e me diverti muito. Sim, ele fazia parte da banda, com um estilo todo irreverente, saudável, sorriso maroto e músculos, muitos músculos, muitos, muitos músculos mesmo. E eu babava como uma adolescente admirando seu ídolo... Eram seus braços que me chamavam atenção, aliás, o tamanho dos músculos dos seus braços...
Plantei-me na frente dele e dali não sai nunca mais. Era impossível ele não me ver. Ele me viu. Sorriu. Eu pisquei. Fiquei ali até a banda acabar, sim porque ser tiete de músico tem um preço, além de não aproveitar ele normalmente à noite, você fica plantada aplaudindo, sorrindo, vibrando e cantando junto às músicas tocadas, afinal, você tem que dar força, é o trabalho dele, o que sinceramente não serviria para mim, a não ser uma escapadinha para uma “pegadinha” de vez em quando...
Eu vibrava sim, bastante, mas não tirava os olhos dos seus braços. Ficava imaginando eles sobre mim, me abraçando, me pegando, me conduzindo, me apertando, me adestrando... Era só o que eu pensava e não via a hora de fazer isso acontecer.
Esperei-o no carro. Nem acreditava que passaria o resto da madrugada com aquele ser de grande exuberância corporal, com tudo aquilo, se o braço era assim, imagina o resto.
E começou a esquentar, boca na boca, puxões de cabelo, botões arrebentados, roupa rasgada, uma euforia, um êxtase, uma quentura, um comichão, uma vontade, uma gula, um prazer exarcebado, um desejo sem fim... Tudo maravilhoso, sem explicação o que meu corpo estava sentindo, vibrando e louco de prazer... Até ele abrir a boca e me chamar de XUXU... Não!!! Não acreditei naquilo, não era verdade, eu não havia escutado aquela blasfêmia e dei outra chance (mais para mim do que para ele), mas novamente, ele falou: “Xuxu”..., Ui!!!, Eu queria morrer, brochei na hora. Os músculos já não passavam de um aglomerado de sustagem vencida, a pegada já não era tão forte e o beijo era melequento.
Fiquei abalada psicologicamente.
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