TRÊS DA MANHÃ
Duas da manhã e meu celular gritava desesperadamente, levei um susto e em dois tempos saltei da cama. Quem era? Um amigo bêbado com outro amigo me pedindo ajuda. Isso me lembrava a Brasília que nunca fui buscar ninguém (amigos ou amigas desesperados), mas também, depois de acordada não conseguia dormir, preocupada com eles, mas nunca fui, nunca fui, isso é fato.
E agora, esse amigo, três da manhã, me pedindo ajuda, ir ou não ir, eis a questão. Fui. Desconheço ter conseguido alguém mais chato que bêbado vomitando, a cada duzentos metros eu tinha que parar para a criatura “dar uma lavada na calçada”, olha que foi difícil, mas consegui despachar os dois: o bêbado vomitão e o bêbado dorminhoco.
Na volta, e diga-se de passagem, uns 20 km para casa, farol apagado (descobri que ambas as lanterninhas estavam queimadas), num cruzamento bati na traseira de um Space Fox, outro susto, irritada saí do carro brava, esquecendo que eu era a culpada...
O que vejo sair do outro carro, parecia coisa de cinema, um loiro de aproximadamente um metro e oitenta com os cabelos esvoaçados pelo vento, vem em minha direção e abre aquele sorriso, que desmonta toda minha valentia esbravejadora. Assumi a culpa (acho que faria mesmo que eu não fosse a culpada), e combinamos que assim que ele tivesse o valor do reparo, ( tudo bem que não foi muito, mesmo assim custaria alguma coisa), ele me ligaria.
E ligou, logo no outro dia, nove da manhã, me matando de susto novamente, me chamando para almoçar. Mal humorada, respondi que não, mas que quando acordasse eu ligaria. Fiquei brava, muito brava, como alguém que acabei de conhecer e estava com uma menina ao lado (não mencionei isso antes), me liga aquela hora...não, não e não!
Voltei a dormir, e daí, adivinhem? Meu amigo bêbado me ligou, agradecendo pela carona e dizendo que eu era a melhor amiga dele. Agradeci , e em vez de voltar para cama fui banhar-me, pois não conseguiria dormir mais naquele dia. Ao sair do banho, peguei meu celular e tinha cinco mensagens do loiro noturno implorando que eu a almoçasse com ele. Estranho, mas aceitei o convite.
Logo na chegada do restaurante, descobri que ele era meu fã, adorava meu blog e já tinha lido umas cinco vezes meu livro e achava que eu poderia ser sua sexóloga particular. Que doideira. O cara loiro, lindo, alto era gay, estava naquela noite levando sua irmã para o aeroporto quando eu bati nele e coincidência ou não, eu era sua autora preferida dos últimos meses e ficou fascinado quando me viu ao vivo e a cores.
Fala sério, pensei que havia tirado a sorte grande, mas o cara quer conselhos emocionais. Que droga! Fiquei ainda mais irritada, continuo irritada e continuarei por muito tempo. Antes não tivesse saído de casa nessa madrugada, o prejuízo emocional meu (por ver um homem tão lindo e não poder nem tentar) foi muito grande, muito mais que R$ 4.000,00 do conserto do Space.
E agora, esse amigo, três da manhã, me pedindo ajuda, ir ou não ir, eis a questão. Fui. Desconheço ter conseguido alguém mais chato que bêbado vomitando, a cada duzentos metros eu tinha que parar para a criatura “dar uma lavada na calçada”, olha que foi difícil, mas consegui despachar os dois: o bêbado vomitão e o bêbado dorminhoco.
Na volta, e diga-se de passagem, uns 20 km para casa, farol apagado (descobri que ambas as lanterninhas estavam queimadas), num cruzamento bati na traseira de um Space Fox, outro susto, irritada saí do carro brava, esquecendo que eu era a culpada...
O que vejo sair do outro carro, parecia coisa de cinema, um loiro de aproximadamente um metro e oitenta com os cabelos esvoaçados pelo vento, vem em minha direção e abre aquele sorriso, que desmonta toda minha valentia esbravejadora. Assumi a culpa (acho que faria mesmo que eu não fosse a culpada), e combinamos que assim que ele tivesse o valor do reparo, ( tudo bem que não foi muito, mesmo assim custaria alguma coisa), ele me ligaria.
E ligou, logo no outro dia, nove da manhã, me matando de susto novamente, me chamando para almoçar. Mal humorada, respondi que não, mas que quando acordasse eu ligaria. Fiquei brava, muito brava, como alguém que acabei de conhecer e estava com uma menina ao lado (não mencionei isso antes), me liga aquela hora...não, não e não!
Voltei a dormir, e daí, adivinhem? Meu amigo bêbado me ligou, agradecendo pela carona e dizendo que eu era a melhor amiga dele. Agradeci , e em vez de voltar para cama fui banhar-me, pois não conseguiria dormir mais naquele dia. Ao sair do banho, peguei meu celular e tinha cinco mensagens do loiro noturno implorando que eu a almoçasse com ele. Estranho, mas aceitei o convite.
Logo na chegada do restaurante, descobri que ele era meu fã, adorava meu blog e já tinha lido umas cinco vezes meu livro e achava que eu poderia ser sua sexóloga particular. Que doideira. O cara loiro, lindo, alto era gay, estava naquela noite levando sua irmã para o aeroporto quando eu bati nele e coincidência ou não, eu era sua autora preferida dos últimos meses e ficou fascinado quando me viu ao vivo e a cores.
Fala sério, pensei que havia tirado a sorte grande, mas o cara quer conselhos emocionais. Que droga! Fiquei ainda mais irritada, continuo irritada e continuarei por muito tempo. Antes não tivesse saído de casa nessa madrugada, o prejuízo emocional meu (por ver um homem tão lindo e não poder nem tentar) foi muito grande, muito mais que R$ 4.000,00 do conserto do Space.
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