BROCAS
A instrução é a seguinte: “Lé não é crê”. No início achei estranho, aquele cara ali, super prolixo, falando coisas tão simples, mas de uma forma recheada de conteúdo “abstrato” que no fim não passava de duas ou três frases simples a seguir, mesmo assim, fazia questão de explicar o porquê de usar a farinha de trigo no pão de trigo.
Eu não entendo muito bem nem gosto de coisas metódicas, prefiro pecar pelo excesso à omissão, mas estou com minhas asas aparadas e cada vez que tento agilizar o processo só me fodo. Porra, já é foda concordar, imagina fazer então... algo que você não vê necessidade e que no fim do processo não vai levar a nada... Mas esse é o processo, e se não quizer, a porta está aberta... e super disponível a sua saída.
Bom, num desses dias chego ao trampo e pasmem, passei o dia contanto brocas, parafusos, ponteiras, entre outros apetrechos ferramentais. Garanto que já sei o nome de todos e me nego a fazer esse tipo de trabalho por no mínimo uns dez anos, não agüento mais contar brocas. Contei, contei, contei , pensei, pensei, pensei, e fiquei imaginando que se aquilo não fosse um tipo de ferramenta,poderia sim, ser tipos de “pintos” de diversos tamanhos, cores, e espessuras...fiquei imaginando qual me agradaria mais naquele momento, qual das trezentas e quinze opções melhor me satisfaria, lógico, eu precisava de um incentivo, algo que passasse meu tempo contanto aquele monte ferro redondo.
Passou mil bobagens pela minha cabeça, à primeira era enfiar uma broca no cara (meu lado mal aflorando), segunda, fazer de conta que contava e anotar um número qualquer, terceira contar e conferir “ferro por ferro” até que todos os roliços fundidos batessem. E foi isso que eu fiz, apesar de discordar, reclamar e não ver importância naquilo, fiz tudo certinho, gastei minhas dozes caras horas fazendo um trabalho que não era da minha competência, mas que me foi delegado, e confesso que minha consciência se orgulhou de mim, mas meu lado mau...nem um pouquinho.
Hoje, algumas das brocas quebraram, outras nem sei onde estão, talvez eu tenha que pagar do meu bolso, depois claro, de escutar um sermão explicativo sobre obedecer à instrução e não inventar nenhuma outra no meio do caminho, porque a instrução dada é a única a ser seguida. Mas daí, vou viajar e enquanto eu estiver levando bronca sobre brocas vou ficar pensando em “pirocas”, porque Lé não é Cré, mama na vaca se não qué.
Eu não entendo muito bem nem gosto de coisas metódicas, prefiro pecar pelo excesso à omissão, mas estou com minhas asas aparadas e cada vez que tento agilizar o processo só me fodo. Porra, já é foda concordar, imagina fazer então... algo que você não vê necessidade e que no fim do processo não vai levar a nada... Mas esse é o processo, e se não quizer, a porta está aberta... e super disponível a sua saída.
Bom, num desses dias chego ao trampo e pasmem, passei o dia contanto brocas, parafusos, ponteiras, entre outros apetrechos ferramentais. Garanto que já sei o nome de todos e me nego a fazer esse tipo de trabalho por no mínimo uns dez anos, não agüento mais contar brocas. Contei, contei, contei , pensei, pensei, pensei, e fiquei imaginando que se aquilo não fosse um tipo de ferramenta,poderia sim, ser tipos de “pintos” de diversos tamanhos, cores, e espessuras...fiquei imaginando qual me agradaria mais naquele momento, qual das trezentas e quinze opções melhor me satisfaria, lógico, eu precisava de um incentivo, algo que passasse meu tempo contanto aquele monte ferro redondo.
Passou mil bobagens pela minha cabeça, à primeira era enfiar uma broca no cara (meu lado mal aflorando), segunda, fazer de conta que contava e anotar um número qualquer, terceira contar e conferir “ferro por ferro” até que todos os roliços fundidos batessem. E foi isso que eu fiz, apesar de discordar, reclamar e não ver importância naquilo, fiz tudo certinho, gastei minhas dozes caras horas fazendo um trabalho que não era da minha competência, mas que me foi delegado, e confesso que minha consciência se orgulhou de mim, mas meu lado mau...nem um pouquinho.
Hoje, algumas das brocas quebraram, outras nem sei onde estão, talvez eu tenha que pagar do meu bolso, depois claro, de escutar um sermão explicativo sobre obedecer à instrução e não inventar nenhuma outra no meio do caminho, porque a instrução dada é a única a ser seguida. Mas daí, vou viajar e enquanto eu estiver levando bronca sobre brocas vou ficar pensando em “pirocas”, porque Lé não é Cré, mama na vaca se não qué.
Comentários
Achei uma maneira um tanto inusitada de divulgá-lo.
Vou fazer 30 daqui a 2 semanas e gostei do teu blog.
Até mais,
Aline.
Ainda bem que temos a capacidade de abstrair e dar um novo sentido a tantas bobagens. Entre parafusos e porcas , roscas e ferramentas , o que importa é dar um novo sentido a tudo isso para deixar o nosso pesado dia um pouco mais leve.
Adoro estar ao seu lado.