O OUTRO
Amigas, amigas…como o mundo dá voltas, somos apenas a manivela controlada por uma grande roda, que nos comanda quando menos esperamos, aliás, quando pensamos estar dominando.
Pois é, entre um caso e outro, sempre existe aqueles que não nos largam , e salve São Jorge, não há nada do mundo que o tire da cabeça, mesmo que seja para fazer caridade (entendem o tipo de caridade...amigas...). Estava eu, deslumbrada com Xantipa (mulher do filósofo Sócrates), uma mulher à frente daquele mundo, uma mulher que não baixava a cabeça para tudo, inclusive seu marido tinha medo dela... E foi então, que o bip do celular tocou com uma mensagem nada convencional, tipo “estou aqui embaixo do prédio”! Gelei! Como que o ser resolve aparecer do nada, sem nem ao menos mandar notícias antecipadas...
O problema era maior do que vocês podem imaginar...o “fazendeiro” estava aqui, jogado aos meus lençóis brancos manchados de suor... (que não vem ao caso do por que..., para bom entender, boa palavra basta). O que eu faria? Desesperada, corri para o quarto e verifiquei se “ele” dormia, roncava tanto que as paredes quase estremeciam... Mesmo assim pensei rápido, escrevi um bilhete, e sai voando escadas abaixo.
Pura burrice! Quando cheguei à portaria, fui avisada que meu amigo porto alegrense acabara de subir, não acreditei!!! Subi, novamente, voando escadas a cima. Quando cheguei ao quarto andar, tudo calmo, tranqüilo, e sem vestígios de ninguém no corredor. Paralisei por alguns segundos, não sabia se entrava ou ficava em frente ao elevador, apenas sentia o barulho do dia nascendo. Estava desesperada, pois algo me prendia muito ao menino gaúcho, e não queria que visse alguém na minha cama, ele sempre fora a única pessoa que brigávamos de igual para igual, de bater mesmo, de não nos falarmos durante uma viagem inteira de mais de mil quilômetros, e mesmo assim, não conseguir ficar longe, era uma coisa meio doentia, mal acabada, mas eu gostava, ele gostava...era mais espiritual que carnal, quase não chegávamos ao orgasmo juntos, mas a carne, o desejo, a teimosia não fazíamos desistir um do outro.
Depois de ter feito todas as burradas da vida, resolve se redimir e vir me visitar, tudo o que passamos juntos, veio como um filme a minha cabeça, e num instante lúcido, usei ainda mais minha razão, lembrei de todas as mentiras e doenças que maltratavam e contaminavam minha alma e num relâmpago, resolvi não querer vê-lo.
Fugi, fui para a casa da minha amiga, por algumas horas pensei estar livre do mundo, mas me encontraram, minha amiga fez o favor de ligar para minha casa, falar com um deles e dispensar o outro, inventou qualquer coisa do tipo que eu estava mal, e como sou meio perturbada mesmo, nem perguntam muito, já que é normais tais oscilações de humor vindas do meu eu. Depois de um tempo adormecida e com o rosto inchado, fui acordada aos beijos e abraços do meu conterrâneo. Por alguns minutos, fui feliz de novo, outra vez... Eu sentia muita saudade dele, dessa coisa louca, dessa disputa de forças, desse crítico permanente sobre o que eu comia...
Ele foi a primeira pessoa que mandei para o inferno e a primeira que fui socorrer (risos). Até hoje não sei o que minha amiga fez com o outro, nunca mais tive notícias, mas esse, esse do amor doente, está lá no seu mundo Zen, voltou para seus laços, Zen demais para minha cabeça, Zen demais para minha compreensão, mas Zen, sempre o único Zen que nunca compreendi, mesmo que sempre diga que me ama, mas que para isso, não podemos ficar juntos.
Meu tempo de Cinderela passou há muitos anos, e eu não posso viver da alma, nem do espírito... É amiga, dessa vez você errou, talvez fosse melhor o outro...
Pois é, entre um caso e outro, sempre existe aqueles que não nos largam , e salve São Jorge, não há nada do mundo que o tire da cabeça, mesmo que seja para fazer caridade (entendem o tipo de caridade...amigas...). Estava eu, deslumbrada com Xantipa (mulher do filósofo Sócrates), uma mulher à frente daquele mundo, uma mulher que não baixava a cabeça para tudo, inclusive seu marido tinha medo dela... E foi então, que o bip do celular tocou com uma mensagem nada convencional, tipo “estou aqui embaixo do prédio”! Gelei! Como que o ser resolve aparecer do nada, sem nem ao menos mandar notícias antecipadas...
O problema era maior do que vocês podem imaginar...o “fazendeiro” estava aqui, jogado aos meus lençóis brancos manchados de suor... (que não vem ao caso do por que..., para bom entender, boa palavra basta). O que eu faria? Desesperada, corri para o quarto e verifiquei se “ele” dormia, roncava tanto que as paredes quase estremeciam... Mesmo assim pensei rápido, escrevi um bilhete, e sai voando escadas abaixo.
Pura burrice! Quando cheguei à portaria, fui avisada que meu amigo porto alegrense acabara de subir, não acreditei!!! Subi, novamente, voando escadas a cima. Quando cheguei ao quarto andar, tudo calmo, tranqüilo, e sem vestígios de ninguém no corredor. Paralisei por alguns segundos, não sabia se entrava ou ficava em frente ao elevador, apenas sentia o barulho do dia nascendo. Estava desesperada, pois algo me prendia muito ao menino gaúcho, e não queria que visse alguém na minha cama, ele sempre fora a única pessoa que brigávamos de igual para igual, de bater mesmo, de não nos falarmos durante uma viagem inteira de mais de mil quilômetros, e mesmo assim, não conseguir ficar longe, era uma coisa meio doentia, mal acabada, mas eu gostava, ele gostava...era mais espiritual que carnal, quase não chegávamos ao orgasmo juntos, mas a carne, o desejo, a teimosia não fazíamos desistir um do outro.
Depois de ter feito todas as burradas da vida, resolve se redimir e vir me visitar, tudo o que passamos juntos, veio como um filme a minha cabeça, e num instante lúcido, usei ainda mais minha razão, lembrei de todas as mentiras e doenças que maltratavam e contaminavam minha alma e num relâmpago, resolvi não querer vê-lo.
Fugi, fui para a casa da minha amiga, por algumas horas pensei estar livre do mundo, mas me encontraram, minha amiga fez o favor de ligar para minha casa, falar com um deles e dispensar o outro, inventou qualquer coisa do tipo que eu estava mal, e como sou meio perturbada mesmo, nem perguntam muito, já que é normais tais oscilações de humor vindas do meu eu. Depois de um tempo adormecida e com o rosto inchado, fui acordada aos beijos e abraços do meu conterrâneo. Por alguns minutos, fui feliz de novo, outra vez... Eu sentia muita saudade dele, dessa coisa louca, dessa disputa de forças, desse crítico permanente sobre o que eu comia...
Ele foi a primeira pessoa que mandei para o inferno e a primeira que fui socorrer (risos). Até hoje não sei o que minha amiga fez com o outro, nunca mais tive notícias, mas esse, esse do amor doente, está lá no seu mundo Zen, voltou para seus laços, Zen demais para minha cabeça, Zen demais para minha compreensão, mas Zen, sempre o único Zen que nunca compreendi, mesmo que sempre diga que me ama, mas que para isso, não podemos ficar juntos.
Meu tempo de Cinderela passou há muitos anos, e eu não posso viver da alma, nem do espírito... É amiga, dessa vez você errou, talvez fosse melhor o outro...
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