O MANOBRISTA
Podia acontecer de tudo na minha vida, mas por essa eu não esperava. Estava eu, linda, maravilhosa, última grife, salto quinze, depois de um coquetel chiquérrimo, esperando pelo meu carro, ao lado de um Deus Grego, quando olho, e Meu Deus, não podia ser... Quase cai de costas!!! Claro, não cai, mas fui me curvando até meu rosto desaparecer totalmente, eu não queria pagar o mico que estava por um fio. Eu podia ser reconhecida, eu não queria falar o por que.
Ao meu lado, os mais finos masculinos sapatos italianos, à minha frente, os mais belos importados carros de marcas estrangeiras, ao meu redor, os mais socialites riquíssimos e elegantes... E quando deparo com meu carro, ele, o cara que eu tinha ficado dias antes, num barzinho da esquina, ele, ele estava manobrando meu carro. Não acreditei, me contorci, fingi um mal estar, quase desmaiei (com rosto virado), fiquei vermelha, pestanejei, mas não teve jeito, ele me reconheceu! E o pior, todo empolgado puxou assunto, eu não sabia onde enfiar minha cara, eu nunca imaginei passar por isso, eu...eu jamais, rodeada por luxuosas pessoas, beijando um verdadeiro cavalheiro, daria alguma atenção a alguém que não passou de um “fica”, pelo menos para mim não passou disso, já que só bêbada mesmo, eu beijaria alguém que usasse uma bermuda vermelha com estampas flamenguistas, eu devia estar fora de mim, ou ter tomado gardenal.
O pior é que o cara não se tocava, falou que ligou várias vezes no meu celular, mas só caia na caixa postal... (pensei, claro seu idiota, eu jamais te daria meu telefone), eu gaguejava, disfarçava, mas ele não me deixava em paz, e eu não queria ser mal educada, afinal, o outro estava do meu lado. Mas não adiantou, pedi licença, disse que estava atrasada e fui o enxotando da minha frente, óbvio, sem antes prometer que ligaria no outro dia (o outro já estava no banco do carona), assim, ele me largou... Ele deve estar esperando até hoje meu número aparecer no visor dele. E quanto o outro, fez a mesma coisa comigo quando o encontrei na saída de uma balada do Lago Sul. É a vida.
Ao meu lado, os mais finos masculinos sapatos italianos, à minha frente, os mais belos importados carros de marcas estrangeiras, ao meu redor, os mais socialites riquíssimos e elegantes... E quando deparo com meu carro, ele, o cara que eu tinha ficado dias antes, num barzinho da esquina, ele, ele estava manobrando meu carro. Não acreditei, me contorci, fingi um mal estar, quase desmaiei (com rosto virado), fiquei vermelha, pestanejei, mas não teve jeito, ele me reconheceu! E o pior, todo empolgado puxou assunto, eu não sabia onde enfiar minha cara, eu nunca imaginei passar por isso, eu...eu jamais, rodeada por luxuosas pessoas, beijando um verdadeiro cavalheiro, daria alguma atenção a alguém que não passou de um “fica”, pelo menos para mim não passou disso, já que só bêbada mesmo, eu beijaria alguém que usasse uma bermuda vermelha com estampas flamenguistas, eu devia estar fora de mim, ou ter tomado gardenal.
O pior é que o cara não se tocava, falou que ligou várias vezes no meu celular, mas só caia na caixa postal... (pensei, claro seu idiota, eu jamais te daria meu telefone), eu gaguejava, disfarçava, mas ele não me deixava em paz, e eu não queria ser mal educada, afinal, o outro estava do meu lado. Mas não adiantou, pedi licença, disse que estava atrasada e fui o enxotando da minha frente, óbvio, sem antes prometer que ligaria no outro dia (o outro já estava no banco do carona), assim, ele me largou... Ele deve estar esperando até hoje meu número aparecer no visor dele. E quanto o outro, fez a mesma coisa comigo quando o encontrei na saída de uma balada do Lago Sul. É a vida.
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