MORRO DE SÃO PAULO
Hoje, estava me lembrando de uma situação um tanto quanto constrangedora. Viajamos para morro de São Paulo na Bahia, eu e uma amiga, além da situação de estarmos sem grana (pois pensávamos que lá existiam caixas eletrônicos), não tínhamos noção do preço das coisas, que até pensei em trabalhar de lavadora de pratos, era uma vila muito precária, mas muito linda também.
Bom, então, depois de nossas míseras reservas sucumbidas com um monte de bobagens naquele paraíso afrodisíaco, descobrimos que poucos lugares que também aceitavam MASTERCARD, nem tudo se compra com MASTERCARD... Enfim, andamos morro a cima, morro abaixo, de pousada em pousa pechinchando e perguntando onde se aceitava o único cartão que nos acompanhava. Parecia até brincadeira, estávamos no paraíso, porém sem dinheiro, mas não deixamos de aproveitar a vista dos mais altos morenaços, dos mais perfeitos corpos bronzeados e sarados e os melhores restaurantes da ilha (sim, porque MASTERCARD só nos luxuosos... Eta fatura cara!).
Bom, apesar de ter um cartão e graças a Deus limite suficiente para usá-lo naqueles dias, não conseguia pagar as caipirinhas oferecidas por um homem malhado numa das esquinas da ilha. Nossa eram de babar, uma mais bem elaborada que a outra, mais gostosa, mais tudo, e meus últimos tostões deram para pagar uma, enquanto minha amiga viciada em pudim gastara seus últimos R$ 3,00 no pedaço da gosma.
Eu parecia criança, passava a noite sentada num banquinho em frente esta barraca de caipirinha (sim, não precisava pagar para ficar sentada no banco), vendo aquele monumento de homem fazê-las e daí apreciava toda aquela escultura esbelta e dourada. Na verdade, confesso, eu babava pelos dois, pelo homem e pelos drinks, nunca vi alguém com tanta habilidade... E meus olhos discorriam sobre aquele abdômen sarado e o colorida das frutas. Aquilo me deixava em êxtase, melhor se pudesse provar mais, mas como falei, não tinha dinheiro.
Mas como nunca as coisas são normais para mim, no segundo dia, “aquele deus" veio falar comigo e me ofereceu um “chorinho” (pequena dose de uma bebida qualquer), que imediatamente aceitei... Era uma delícia. Eu provava, provava, e minha cara de cachorro com fome me denunciava que eu queria mais, eu era incansável, e acho que ele sentiu isso, porque não parava de me servir... Até que comecei a ficar meio tonta e já não dizia nada com nada. Só me lembro de tentar ajudá-lo a fazer umas caipirinhas, e mesmo o cliente pedindo de outros sabores, eu só fazia de kiwi, era minha predileta, induzia os fregueses a consumirem somente esta. Risos. Sequer lembro-me do Pancho me olhar com ar de desaprovação, eu só queria servir a bebida verde. É claro, que minha festa não duraria muito, já que depois das varias tentativas frustradas de consecução de caipirinhas acordei num quarto arejado em cima de uma colina com um jardim imensamente florido, ( como cheguei lá, nem imagino...) Com a cara mais disfarçada do mundo, tento fazer reconhecimento da área e a única coisa memorial, são kiwis verdes... Até que sou interrompida, por um homem com um bandeja de café da manha, era o próprio, Pancho. Nossa, será que dormi com ele? Acho que sim, né, mas nem consigo me lembrar... Será que foi bom? Teria que pensar em algo rápido para descobrir... (risos). Fiz algumas perguntas e apenas respondeu-me que eu era a turista mais pobre e mais linda da ilha, mais fantástica, mais amável, mais delicada e mais inteligente que ele conhecera, e que se eu quisesse podia ficar por mais vários dias que ele me sustentaria à caipirinha. Ai, ai, quase explodi.
Na boa, amigas independentes, às vezes não ter grana pode ter suas vantagens. A minha durou uns vinte dias naquele lugar mágico com um mágico ainda melhor.
Ah e minha amiga? Ficou usando o MASTERCARD nestes vinte dias. A fatura veio recheada de contas de um restaurante, onde diariamente ela encomendava um prato de pudim.
Bom, então, depois de nossas míseras reservas sucumbidas com um monte de bobagens naquele paraíso afrodisíaco, descobrimos que poucos lugares que também aceitavam MASTERCARD, nem tudo se compra com MASTERCARD... Enfim, andamos morro a cima, morro abaixo, de pousada em pousa pechinchando e perguntando onde se aceitava o único cartão que nos acompanhava. Parecia até brincadeira, estávamos no paraíso, porém sem dinheiro, mas não deixamos de aproveitar a vista dos mais altos morenaços, dos mais perfeitos corpos bronzeados e sarados e os melhores restaurantes da ilha (sim, porque MASTERCARD só nos luxuosos... Eta fatura cara!).
Bom, apesar de ter um cartão e graças a Deus limite suficiente para usá-lo naqueles dias, não conseguia pagar as caipirinhas oferecidas por um homem malhado numa das esquinas da ilha. Nossa eram de babar, uma mais bem elaborada que a outra, mais gostosa, mais tudo, e meus últimos tostões deram para pagar uma, enquanto minha amiga viciada em pudim gastara seus últimos R$ 3,00 no pedaço da gosma.
Eu parecia criança, passava a noite sentada num banquinho em frente esta barraca de caipirinha (sim, não precisava pagar para ficar sentada no banco), vendo aquele monumento de homem fazê-las e daí apreciava toda aquela escultura esbelta e dourada. Na verdade, confesso, eu babava pelos dois, pelo homem e pelos drinks, nunca vi alguém com tanta habilidade... E meus olhos discorriam sobre aquele abdômen sarado e o colorida das frutas. Aquilo me deixava em êxtase, melhor se pudesse provar mais, mas como falei, não tinha dinheiro.
Mas como nunca as coisas são normais para mim, no segundo dia, “aquele deus" veio falar comigo e me ofereceu um “chorinho” (pequena dose de uma bebida qualquer), que imediatamente aceitei... Era uma delícia. Eu provava, provava, e minha cara de cachorro com fome me denunciava que eu queria mais, eu era incansável, e acho que ele sentiu isso, porque não parava de me servir... Até que comecei a ficar meio tonta e já não dizia nada com nada. Só me lembro de tentar ajudá-lo a fazer umas caipirinhas, e mesmo o cliente pedindo de outros sabores, eu só fazia de kiwi, era minha predileta, induzia os fregueses a consumirem somente esta. Risos. Sequer lembro-me do Pancho me olhar com ar de desaprovação, eu só queria servir a bebida verde. É claro, que minha festa não duraria muito, já que depois das varias tentativas frustradas de consecução de caipirinhas acordei num quarto arejado em cima de uma colina com um jardim imensamente florido, ( como cheguei lá, nem imagino...) Com a cara mais disfarçada do mundo, tento fazer reconhecimento da área e a única coisa memorial, são kiwis verdes... Até que sou interrompida, por um homem com um bandeja de café da manha, era o próprio, Pancho. Nossa, será que dormi com ele? Acho que sim, né, mas nem consigo me lembrar... Será que foi bom? Teria que pensar em algo rápido para descobrir... (risos). Fiz algumas perguntas e apenas respondeu-me que eu era a turista mais pobre e mais linda da ilha, mais fantástica, mais amável, mais delicada e mais inteligente que ele conhecera, e que se eu quisesse podia ficar por mais vários dias que ele me sustentaria à caipirinha. Ai, ai, quase explodi.
Na boa, amigas independentes, às vezes não ter grana pode ter suas vantagens. A minha durou uns vinte dias naquele lugar mágico com um mágico ainda melhor.
Ah e minha amiga? Ficou usando o MASTERCARD nestes vinte dias. A fatura veio recheada de contas de um restaurante, onde diariamente ela encomendava um prato de pudim.
Comentários
Hahaha... Débora querida vc me faz rir muito e querer viver, viver, viver... Bjkas!