INVEJA BRANCA
Que inveja… que inveja branca… que inveja boa, ai como queria ser eu no lugar dela… Pois é, ontem, depois de algum tempo sem exercitar meus músculos, resolvo fazer trilha com uns amigos numa cachoeira que se chama poço azul (que de azul não tinha nada, já que estava contaminado com a galera do churrasco, pagode e maconha, assim generalizada pelo querido Bruno), sofri pacas, já que além da trilha super fechada, a pirambeira era forte. Tempos atrás era mais fácil para mim (claro, eu não tinha trinta), sempre tive essa veia aventureira, sempre gostei de sair da mesmice e fazer algumas coisas diferentes, como pegar carona e viajar o Brasil todo, andar 40 quilômetros com uns loucos nazistas, pedalar horas em volta de um matagal... Sempre gostei de auto desafiar-me. E ontem, novamente consegui, estou quebrada, dor em todo o corpo, parece que fui atropelada por uma cegonha de automóveis, pudera, já que sou super sedentária, mas faço tudo de novo, só pelo gostinho do desafio e da aventura.
Pois bem, éramos cinco, cada um com seu objetivo (uns sem nenhum objetivo mesmo), um porque ama a natureza, outro porque gosta disto, outro porque era novidade e ainda àquele, por curiosidade. Eu estava ali porque simplesmente adoro mato, cachoeira, trilha... Curto pra caramba o contato com a natureza (não mais que por uns dois dias), o suficiente para começar a sentir falta do conforto da minha casa. Enfim éramos cada um de uma tribo diferente, mas com a mesma vontade de desafiar seu próprio corpo em prol de um prazer indescritível de jogar-se a água gelada num cantinho mágico.
O azul do poço (já cinza pela fusão da fumaça carvão+maconha) não nos foi agraciado, então, partimos em busca de uma nova trilha que levou-nos a um pedaço mágico e solitário, onde os únicos habitantes daquela tarde, éramos nós. Cheguei e fiquei meditando, contemplando as quedas da cachoeira, observando as ações dos meus companheiros, e como era impressionante a percepção de cada um. Foi muito bom, e pensei que de dali em diante, faria o possível para sempre repetir esse tipo de passeio.
Mas como tudo que está relacionado à natureza é imprevisível, logo o brilho de um céu azul celeste foi ofuscado por pesadas e cinzentas nuvens, o que, na nossa pouca incompreensão, logo-logo cairia um toró de água. Por mim, ficaria até mais tarde e subiria as pirambeiras no escorregadio lamaçal, mas minha opinião não contou muito, e partiu de minhas amigas a ida rápida morro acima. Fui. Contrariada, mas fui.
Porém, e me desculpe Bruno, mas o melhor show estava por vir, estávamos eu e Wanden subindo a estradinha quando de repente deparei- me com uma cena de sexo natureba, sexo livre, sexo que não deixa de ser animal, estava ali, um casal com a mesma roupa que vieram ao mundo, exercitando uma das melhores fontes de prazer envolvidos pelos mistérios da natureza, deixando-se levar pelo barulho da correnteza do rio. Fiquei atiçada, e juro, que se meus amigos gostassem da fruta, investiria em um ali mesmo... (brincadeirinha), mas que foi surpresa foi, e eu logo dei a idéia de filmar, fotografar para que eu pudesse postar no meu blog... mas o meu amigo mais sensato e mais natureba, não permitiu, dizendo que não deveríamos invadir a intimidade do casal. Invadir? Eles é que estavam invadindo meu caminho, estavam ali de fronte aos meus olhos, aguçando minha vontade, eles sim... mas que inveja, como queria ser eu ali, sem nada, sem trauma ou vergonha, sem roupa ou cerimônia. E que a dor que está me matando hoje, não fosse apenas de subir ou descer estradinhas íngremes, mas também de outra coisa... Que inveja...
Pois bem, éramos cinco, cada um com seu objetivo (uns sem nenhum objetivo mesmo), um porque ama a natureza, outro porque gosta disto, outro porque era novidade e ainda àquele, por curiosidade. Eu estava ali porque simplesmente adoro mato, cachoeira, trilha... Curto pra caramba o contato com a natureza (não mais que por uns dois dias), o suficiente para começar a sentir falta do conforto da minha casa. Enfim éramos cada um de uma tribo diferente, mas com a mesma vontade de desafiar seu próprio corpo em prol de um prazer indescritível de jogar-se a água gelada num cantinho mágico.
O azul do poço (já cinza pela fusão da fumaça carvão+maconha) não nos foi agraciado, então, partimos em busca de uma nova trilha que levou-nos a um pedaço mágico e solitário, onde os únicos habitantes daquela tarde, éramos nós. Cheguei e fiquei meditando, contemplando as quedas da cachoeira, observando as ações dos meus companheiros, e como era impressionante a percepção de cada um. Foi muito bom, e pensei que de dali em diante, faria o possível para sempre repetir esse tipo de passeio.
Mas como tudo que está relacionado à natureza é imprevisível, logo o brilho de um céu azul celeste foi ofuscado por pesadas e cinzentas nuvens, o que, na nossa pouca incompreensão, logo-logo cairia um toró de água. Por mim, ficaria até mais tarde e subiria as pirambeiras no escorregadio lamaçal, mas minha opinião não contou muito, e partiu de minhas amigas a ida rápida morro acima. Fui. Contrariada, mas fui.
Porém, e me desculpe Bruno, mas o melhor show estava por vir, estávamos eu e Wanden subindo a estradinha quando de repente deparei- me com uma cena de sexo natureba, sexo livre, sexo que não deixa de ser animal, estava ali, um casal com a mesma roupa que vieram ao mundo, exercitando uma das melhores fontes de prazer envolvidos pelos mistérios da natureza, deixando-se levar pelo barulho da correnteza do rio. Fiquei atiçada, e juro, que se meus amigos gostassem da fruta, investiria em um ali mesmo... (brincadeirinha), mas que foi surpresa foi, e eu logo dei a idéia de filmar, fotografar para que eu pudesse postar no meu blog... mas o meu amigo mais sensato e mais natureba, não permitiu, dizendo que não deveríamos invadir a intimidade do casal. Invadir? Eles é que estavam invadindo meu caminho, estavam ali de fronte aos meus olhos, aguçando minha vontade, eles sim... mas que inveja, como queria ser eu ali, sem nada, sem trauma ou vergonha, sem roupa ou cerimônia. E que a dor que está me matando hoje, não fosse apenas de subir ou descer estradinhas íngremes, mas também de outra coisa... Que inveja...
Comentários
O passeio foi bem interessante e fato, cerveja+maconha+churras+barrigas nada saradas+ pagode, não combinam com aquele lugar... sabe o que eu fiquei pensando depois: como eles desceram com tudo aquilo?
e eu com duas sacolinhas com umas frutas e 3 litros de água reclamando... sou um frouxo mesmo...
mas que eu queria ser um dos naturalistas ousados e felizes... há eu queria...
beijo
Ps: Vamos providenciar então os nossos dublês para a cena da cachoreira na nossa próxima aventura, mas eu vou procurar um lugar mais reservado já que vocês gostam de assediar os amantes pelados da natureza, kkkkk
Beijão
- Se não tivesse me atrasado, teríamos tido outras vivencias... provavelmente a crônica teria outro conteúdo, já que não teríamos descido a trilha...
- Tudo acontece como tem que acontecer...
Beijo ruiva!
bju (flavinho)